Este mês começamos com uma nova categoria, a do “Livro do Mês” onde partilharemos títulos de livros nacionais/internacionais que se inserem na temática da Associação.

Neste mês de Outubro, recomendamos:

A Física do Futuro, de Michio Kaku

Neste livro, Michio Kaku com a colaboração de mais de 300 cientistas mostra-nos uma apaixonante visão do século que aí vem. O resultado é uma descrição sobre os desenvolvimentos que podemos esperar na medicina, na informática, na singularidade, na nanotecnologia, na produção de energia, etc.

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O que uniria o dia da morte de um dos maiores gênios da física e episódios da série de TV Flash Gordon? Os dois casos fizeram parte das fixações de infância do físico teórico Michio Kaku, e foram o ponto de partida para sua paixão pela ciência. De um lado, a teoria máxima de Albert Einstein, que deixou Kaku deslumbrado com a ideia de haver uma equação que explicasse toda a lógica do universo. Do outro, as manhãs assistindo às invenções do Dr. Zarkov cristalizaram seu fascínio pelo futuro e pelo papel do cientista. Essas duas experiências formam o fio condutor de A física do futuro, livro no qual Kaku se arrisca a prever os próximos 100 anos do progresso científico da humanidade.

Sustentado por mais de 300 entrevistas com os mais importantes cientistas da atualidade, Kaku, que tem três títulos publicados pela Rocco ( Hiperespaço, Visões do futuro e Mundos paralelos ) e hoje é um dos principais autores de divulgação científica, confere mais coerência às previsões futurísticas às quais estamos acostumados. Ele derruba mitos e confirma realidades que muitos achavam absurdas ao vê-las em filmes de ficção científica, como carros voadores, robôs domésticos e o poder de mover objetos com o pensamento. Logo de cara, o autor adverte que já existem protótipos para cada tecnologia mencionada no livro, dividindo o seu relato em campos distintos do avanço científico e tecnológico, como a computação, a inteligência artificial e a medicina.
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Para facilitar nossa visão do futuro da civilização no decorrer deste século, Kaku organiza cada capítulo dedicado às diferentes áreas da ciência em três períodos: futuro próximo (de hoje a 2030), meados do século (de 2030 a 2070) e futuro remoto (de 2070 a 2100). Dessa forma, o autor da conta do caráter estrutural e evolutivo das invenções e descobertas em curso em universidades e centro de estudos espalhados pelo mundo. Até 2030, por exemplo, afirma Kaku, a internet estará em todo lugar, em cada objeto de uso doméstico, nos espaços públicos e até mesmo em nossos olhos, por meio de telas do tamanho de lentes de contato.

Em 2100, através de um intrincado sistema que unirá chips de computadores a dispositivos eletromagnéticos, poderemos mover coisas apenas com a força do pensamento, como os jedis de Star Wars . Em cem anos, os avanços da medicina nos levarão a ter a mesma longevidade de personagens bíblicos: viver 150 anos ou mais passará a ser comum graças à engenharia genética, que possibilitará a renovação de genes envelhecidos e a substituição de órgãos danificados a partir das nossas próprias células. A humanidade se transformará no que os cientistas chamam de civilização planetária, quando tivermos o domínio sobre todas as fontes energéticas possíveis na Terra.

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Muito mais do que revelar as inúmeras descobertas científicas e maravilhas tecnológicas que o futuro nos reserva, Kaku tece uma importante reflexão sobre as perdas e ganhos dessa aventura, que dará ao homem poderes equivalentes aos de antigos deuses mitológicos. Segundo o autor, a capacidade de manipular a vida e as leis da natureza deve vir a reboque da necessidade de saber usá-la. Para tanto, são fundamentais, segundo ele, o debate ético, o fortalecimento das democracias e, principalmente, a valorização da educação. Afinal, lembra Kaku, o mesmo conhecimento usado para criar pode também destruir.

 

 

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