Trocado por miudos: O Projecto Vénus

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O objectivo da implementação do Projecto Venus, (as cidades futurísticas), projecto iniciado pelo Arquiteto e Engº Social Jacque Fresco nos anos 70, visa demonstrar em termos práticos, a possibilidade de viver de forma diferente da qual nos foi imposta durante seculos, pelas instituições agora obsoletas, sendo a maioria de carácter retórico, dogmático e limitativo, face às liberdades que tiveram de ser forçosamente conquistadas pelos povos, reflexo da alienação, descredibilidade e obsolescência dos governos, nas tentativas de solucionar os problemas sociais como sendo a alternativa. Os governos não solucionaram ou produziram para os povos soluções que poderiam fazer face a uma maior e melhor qualidade de vida para as populações e de igual forma uma sustentável distribuição igualitária e saudável dos recursos necessários à produção dessa qualidade de vida para todos, tendo em conta aspectos vitais da sociedade em termos de efeito crescente, aliando o que a criatividade humana pode produzir de forma saudável respeitante a uma qualidade de vida, possível para a humanidade em termos de optimização e conforto, simbiose com a natureza, e autosustentabilidades naturais sem precedentes, devido ao paradigma social vigente, o sistema monetário… a diferença seria gigantesca a quando por todos, estudada em detalhe individualmente… a diferença na verdade é tal que mal nos poderíamos reconhecer como civilização, não diria nova mas nova na sua direção no sentido paradigmático, tendo como referência, ou em comparação a civilização actual (na qual nós vivemos), na qual as liberdades dos indivíduos tendem a seguir uma ordem estabelecida pelas instituições, sem deixar grande margem ou liberdade para o que entendemos serem as possibilidades evolutivas para a humanidade, reservando como prioridade, a criatividade humana e os relacionamentos sociais baseados n’uma nova forma de encarar a vida com autorresponsabilidade e respeito pelo meio ambiente bem como na forma como se distribuem os recursos vitais para a humanidade através de uma EBR, Economia Baseada nos Recursos, mas mais, vendo a ganancia e a falsa noção de propriedade com uma certa repugnância, por causa dos sintomas, a estratificação social. Quem percebeu o primeiro parágrafo, entende então a necessidade da mudança para o novo paradigma. Percebeu então que, as fronteiras, os países, as bandeiras, os absolutismos, os governos, os políticos, os patriotismos e os (ismos), todos eles falharam, e falharam porque não têm como prioridade defender a saudável evolução do ser humano social ou existencialmente, antes, distorcendo os seus valores em função de interesses corruptos e gananciosos, eles existem para dividir, não no sentido de partilhar, mas no sentido de estratificar, para que hajam alguns poucos a retirar os recursos directamente e afastar as pessoas dos direitos ao acesso aos recursos em função da acumulação desnecessária de riquezas e bens materiais, (ostentação) desleal, e para estratificar mais os indivíduos, criando a perpetuação dos defensores do status quo, (uma elite burguesa)… com a falsa permissa de que toda a gente tem direito a tudo desde que trabalhe, entenda-se (se escravize)… passando uma falsa imagem, n’uma tentativa de trazer harmonia e igualdade aos povos do planeta, devido a interesses corruptos e alienados, tomando isso como sendo “A Cultura” pois tudo o que ultrapassa ou distorce os interesses prioritários referidos em primeiro lugar, condenam a humanidade ao fracasso e leva à destruição do planeta, como temos vindo a verificar, na forma descontrolada e desenfreada como se exploram os recursos para os transformar apenas com o intuito de criar riqueza, dando origem desde a revolução industrial ao ecocídeo, por não serem controlados e estudados os impactos e consequências dessa exploração… A questão da cultura

A questão da cultura está muitas vezes na base das discussões quando se tenta perceber qual o tipo de abordagem feita pelo TVP em relação à cultura… A cultura tem sido até esta parte uma forma que os povos adoptaram na sua identificação enquanto seres sociais, como por exemplo o desenvolvimento das suas tradições ao longo dos anos da sua existência que mais tem a ver com a forma como se identificam enquanto povo, preservação de hábitos e cultos, trata-se de uma evolução social colectiva, que vai adquirindo identidade enquanto um todo, aspectos que permanecem em todos os diferentes seres que povoam o planeta. A pergunta que se coloca com mais frequência nestas discussões é: “e se adoptar-mos o TVP, será que isso irá por em causa a nossa cultura?” a resposta é não, a cultura não tem de mudar em função da mudança de paradigma, o que tem de mudar são aspectos que visam uma maior consciência na forma de como estamos a interferir com o meio ambiente e por consequência com o planeta em termos de sustentabilidade, e depressa teremos de adquirir uma nova forma de pensar referente a isso, que é de igual forma inerente à inevitabilidade, se queremos ter um planeta melhor, teremos de analisar os aspectos referentes a essa nova forma de estar no mundo, e devemos adoptar novas posturas referentes à forma como temos vindo a interferir com a natureza e meio ambiente. O TVP mais não é que um método sustentável de disponibilizar uma qualidade de vida melhor que a que temos tido, pois ele baseia-se no que é sustentável para o planeta em termos de energias e distribuição e exploração equilibrada dos recursos que a todos são essenciais, e a ideia que temos das cidades holísticas, são apenas uma forma viável e sustentável da utilização optimizada dessas energias renováveis e nessa forma de distribuição de recursos. As cidades do TVP são circulares, para que sendo necessário deslocarmo-nos do ponto A ao ponto B, a energia despendida seja sempre a mesma, e com mais facilidade de fazer essa gestão, por método padronizado e isso não interfere com a cultura, interfere apenas na forma como lidamos com o planeta. E os povos indígenas, “serão obrigados a adoptar este paradigma social do TVP?” a resposta é não, não devemos interferir com espécies que preferem ter a sua cultura tribal, antes pelo contrário, devemos aprender com eles para melhorarmos a nossa condição, pois eles sempre viveram de forma sustentável, e foram na verdade os que mais tiveram respeito pelo planeta e seu meio ambiente e por isso devemos protege-los, os índios vivem em estado selvagem, fazendo portanto parte desse sistema selvagem. Neste paradigma actual, fomos nós na verdade que interferimos demasiado com a biosfera, e ainda continuamos a fazê-lo, nesse caso entenda-se que o que se pretende é melhorar a questão da cultura nos aspectos essenciais que temos visto serem mais malignos na forma como lidamos ou interferimos com o ambiente, não devemos trazer connosco o passado, mas sim a experiência. Arrendust